Criei esse espaço a fim de divulgar o trabalho que realizo no Ministério Infantil, a minha grande paixão.
Espero que possa ser um canal de comunicação entre diversos educadores cristãos, onde poderemos compartilhar Idéias e sugestões para a realização de um trabalho de qualidade com nossas crianças.
Faço minhas as palavras de Charles Spurgeon: "Que nenhum homem despreze as crianças ou pense que são insignificantes. Eu reivindico o lugar da frente para elas. Elas são o futuro do mundo. O passado já se foi e não podemos alterá-lo. Até mesmo o presente já se foi à medida que o vivemos. Nossa esperança está no futuro; portanto abra espaço para as crianças, abra caminho para os meninos e meninas"
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Por que contar história?
Contar histórias é um meio muito eficiente de transmitir uma idéia, de levar novos conhecimentos e ensinamentos. É um meio de resgatar a memória. Todo bom contador de histórias deve ser também um bom ouvinte de si mesmo, do mundo e de outras pessoas. O contador deve ser sensível para ouvir e falar. Contar simplesmente porque gosta de contar. O narrador deve estar ciente de que o importante é a história.
As crianças gostam de ouvir seus avôs, pais, etc. contando histórias bíblicas, de fadas, da vida deles mesmos e de quando eram crianças. É preciso fazer uma seleção do que contar, levando-se em conta o interesse do ouvinte, a sua faixa etária e a lição que quer trazer ao ouvinte. Alguns pontos precisam ser considerados em cada faixa etária:
• 3 a 4 anos – idade do fascínio: Os textos devem ser curtos e atraentes, pode-se usar gravuras de preferência grandes. Histórias que tenham bichos, brinquedos e objetos e usem expressões repetitivas.
• 5 a 6 anos – idade realista: Histórias da vida real, falando do lar etc. Os textos devem ser curtos e ter muita ação, o enredo deve ser simples. Até os 6 anos a criança gosta de ouvir a mesma história várias vezes.
• 7 a 9 anos – idade fantástica: Gosta de histórias de personagens que possuem poder, histórias de aventuras, humorísticas e vinculadas à realidade.
• 10 a 12 anos – idade heróica: Narrativas de viagens, explorações, relatos históricos e preocupação com os outros e fábulas.
Como trabalhar uma história?
• Selecionar – Procurar dentro daquilo que se quer ensinar ou de acordo com o contexto da aula que será dada; pesquisar até encontrar algo que toque o contador de maneira especial. Se for uma história que já veio no material, leia várias vezes buscando encontrar nela algo especial que toque o contador, porque é só assim que ela será transmitida autenticamente ao público.
• Recriar – Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso passá-la para a linguagem oral. Saiba contar a história e não apenas decorá-la.
• Ensaiar– não se deve repetir nem exagerar nos gestos e movimentos. A voz deve ser aquecida para garantir um tom adequado; O olhar deve ser dirigido para todos os lados e para todos os ouvintes; Corrigir os vícios de linguagem, tais como: então, né, daí e outros.
• Estrutura – deve seguir estas quatro fases:
1. Introdução: deve ser rápida, interessante apresentando os personagens sem divagação. Ex: há muito tempo, era uma vez…
2. Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais com bastante ação.
3. Clímax: ponto de maior emoção da história.
4. Conclusão: Aqui você deve ter maior atenção, pois na conclusão é que transmitimos a lição, o ensinamento para quem ouve.
A preparação do ambiente é necessária?
A preparação do ambiente é muito importante. Se o contador está numa sala de aula, deve fazer algo que mostre que naquele momento será contada uma história, chamando assim a atenção dos ouvintes para o momento. Como? Usando um objeto sobre a mesa ou um lenço jogado no ombro etc. O contador deve se prevenir contra ruídos e interrupções. Enfim, encontrar uma posição agradável.
Quais são os elementos necessários para se contar uma história?
Os seguintes elementos são fundamentais na contação de histórias:
• Emoção – O contador deve gostar do que faz e do que vai contar; deve antes navegar na história para depois transmiti-la.
• Expressão – é muito importante, o olhar deve transmitir o que está sendo falado, daí a importância de olhar para todos os ouvintes. Você pode se expressar durante a história com música, barulhos de objetos, com o corpo, tudo que deixe a história mais atrativa, mas sem exageros.
• Improvisação – Caso o contador se esqueça de uma parte da história, deve encontrar um modo de continuá-la, por isso a importância de saber o esqueleto da história e não decorá-la.
• Espontaneidade – O conhecimento da história oferece ao contador segurança, naturalidade, desibinição e espontaneidade para a contação.
• Credibilidade – O contador não deve denunciar o seu erro.
• Voz – é um elemento dramático e essencial; é o instrumento de trabalho do contador. Por isso deve observar o seguinte:
1. Altura – muito bem calculada para caracterizar os personagens.
2. Volume – é a variação entre forte e fraco, mostrando as emoções dos personagens.
3. Ritmo – é a variação de velocidade.
4. Pausa – é o silêncio no meio da fala, para dar o clima de suspense, mas não pode comprometer o significado das frases.
Procurar usar palavras de fácil compreensão para o público ouvinte.
Quais as formas para se apresentar uma história?
• Simples narrativa – É a mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
• Histórias narradas com auxílio do livro - Narrar com o livro, não ler a história. O narrador deve saber a história e vai contando com suas palavras. O livro fica aberto voltado par as crianças, à altura de seus olhos. As páginas são viradas vagarosamente para que elas possam ver as gravuras
• Com gravuras - Através delas as crianças observam detalhes que contribuem para a organização dos pensamentos e de criação.
• Com fantoches - É um convite a imaginação da criança, do jovem e do adulto. Pode-se também ensinar a criar fantoches e através dele contar cada um a sua história.
• Flanelógrafo - O personagem entra e sai de cena.
• Painéis, recortes, carimbos ou dobraduras
O recurso utilizado irá depender do número de ouvintes e do espaço físico que está disponível. Para cada situação um recurso que melhor se encaixe com o público ouvinte.
Quais atividades podem ser desenvolvidas a partir da história?
• Dramatização: após o término da história, reúna as crianças para juntos encenarem o que acabaram de ouvir.
• Trabalhos manuais: Recortes, dobraduras, colagem, pintura, atividades manuais que lembrem o que foi contado.
• Brincadeiras, jogos e atividades que complementem o ensino passado.
• Estrutura – deve seguir estas quatro fases:
1. Introdução.
2. Desenvolvimento.
3. Clímax.
4. Conclusão.
PARTES DA HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
· É o melhor lugar para prender o interesse da classe e o pior para perdê-lo
· É a oportunidade de prender os pensamentos e envolver a criança totalmente na história
· Deve ser breve, interessante e relacionada com a história bíblica.
Tipos de introduções:
a. Perguntas ou revisão
b. Ilustração emocionante
c. Entrada direta da lição
· Planeje a introdução depois de fazer o esboço da história
Andamento dos acontecimentos
· Uma lista dos acontecimentos importantes que se desenrolam numa seqüência ordenada
· Deve ser tirada da Bíblia
Clímax/Resultado
· O ponto alto da história onde a conclusão é clara
· O lugar onde o problema é resolvido
· Nunca deve ser revelado no começo da história
Conclusão
· Conclui a história
· Deve ser breve porque a atenção das crianças se perde rapidamente depois do clímax
FONTE: Paula Belquice - Ministério Infantil
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